Verbetes

BREAK-EVEN

É um modo simples e eficaz de medir a rentabilidade (ou prejuízo) de uma empresa ou de uma operação financeira. Permite fazer simulações alterando as variáveis de cálculo. O objectivo desta análise é a determinação do break-even point (à letra, ponto morto das vendas), no qual o valor das receitas da empresa passa a ser igual aos seus custos totais (somatório dos custos fixos e variáveis). Logo, este será o ponto de equilíbrio em que a empresa nem perde nem ganha dinheiro. Acima do break-even point a empresa terá lucros e abaixo dele terá prejuízos. Outro conceito relevante é o da margem de contribuição (ponto em que as receitas igualam os custos variáveis).

BIBLIOGRAFIA
Principies of Corporate Finance, R. Brealey e S. Myers (McGraw-Hill, 1988); Break-Even
Analysis, M. Schweitzer, E. Trossmann e G. Lawson (John Wiley & Sons, 1992).

BRICs

Designação adoptada pelo famoso banco de investimentos Goldman Sachs relativa aos quatro países emergentes do século XXI: Brasil, Rússia, Índia e China. Esta ordem das letras deve ser lida de trás para a frente em termos de grau de importância. Segundo a Goldman Sachs, a China será a maior potência económica do mundo (em PIB em paridade de poder de compra), em 2020, pondo fim ao longo reinado da economia norte-americana. Alguns analistas defendem que essa ascensão ao topo se realizará mais cedo.

BIBLIOGRAFIA
«Dreaming with BRICs:The Path to 2050», Goldman Sachs-Global Economic Papers, n°99 (Goldman Sachs, 2003); The Chinese Century, Oded Shenkar (Wharton School Publishing, 2004); China Inc. Ted Fishman (Scribner, 2005); China’s Global Reach: markets, multinationals, and globalization, Zhibin Gu (Haworth Press, Fali 2005); Rising ElephantThe Crowing Clash with India over white-collar jobs and its meaning for America and the world, Ashutosh Sheshabalaya (Mcmillan India, 2005); Made in China, Zhibin Gu (Centro Atlântico, 2005); Made in India, Ashutosh Sheshabalaya (Centro Atlântico, 2006).

Bug do milênio (millenium bug)

Obsolescência não-planejada.

Nos primórdios da era da computação, isto é, por vol­ta de 20 anos atrás, a memória era cara. Sendo assim, os programadores resolveram que poderiam econo­mizar um ou dois bytes usando somente os dois últi­mos dígitos do ano para fazer cálculos envolvendo datas. Ninguém imaginou que os programas ainda estariam sendo utilizados quando 99 passasse a ser 00, ou que o problema que estava sendo criado seria um assunto digno de figurar nas capas de revistas duas décadas mais tarde.

BUSINESS PLAN

O plano de negócio tornou-se um documento standard imprescindível para quem anseia criar ou expandir um negócio. Serve fundamentalmente para se obter financiamento externo (nomeadamente bancário ou de capital de risco) ou para fixar objectivos internos de negócio (como, por exemplo, lançamento de novos produtos, entrada em novos mercados, etc). Tipicamente, um business plan segue sete passos: o sumário executivo (ou resumo); a apresentação da empresa; a análise do produto ou serviço; a análise do mercado; a análise financeira e o perfil da equipa de gestão.

BIBLIOGRAFIA
The Business Plan Workbook, G. Cooper (Prentice-Hall, 1989); How to Write a Great
Business Plan,W.Sahlman (Harvard Business Review,1997).

Cadeia alimentar da informação (Information food chain)

Dados, informações, conhecimento.

Nem todos os bits são criados iguais. Alguns transpor­tam informações úteis, outros são marcas aleatórias em uma página ou lixo em um disco. Depois de dige­ridos pelo cérebro humano, dados se transformam em informações -mensagens que mudam nossa maneira de pensar a respeito do mundo. E o conhecimento vai mais além: é constituído por ferramentas intelectuais que fazem com que as informações tenham sentido e por um conjunto de crenças a respeito do mundo, em constante evolução. 

Cadeia de suprimento (supply chain)

Linhas de produção virtuais.

A medida que as empresas procuram fora um núme­ro cada vez maior de componentes daquilo que pro­duzem ou fazem, o fato de saber comprar passou a ser essencial para a obtenção de vantagem competitiva. Isso implica saber quando manter os fornecedores a distância -a fim de ter a liberdade de poder comprar em outro lugar- e quando estabelecer relacionamen­tos mais próximos e inovar junto com o fornecedor. Implica também um novo poder de barganha enquan­to fornecedor e cliente discutem para saber quem deve fazer o quê.

Capital intelectual

A soma de tudo que você sabe.

A peça mais valiosa de qualquer empresa é a que en­tra e sai por suas portas todos os dias. Os conhecimen­tos sobre o que as pessoas têm na mente —conheci­mentos sobre produtos e clientes etc.- é o capital inte­lectual de uma empresa.

Os puristas discutirão a conveniência de dar a isso o nome de capital. Dirão, afinal de contas, que as pes­soas não podem ser compradas e vendidas, como são as formas tradicionais de capital. Mas o resultado é que o fato de ter a equipe certa é mais vital hoje do que jamais foi. E agora que a experiência pode ser diretamente traduzida em dinheiro, tornou-se muito mais parecida com o capital tradicional do que os pu­ristas imaginam.

Capitalismo

Um sistema econômico baseado na livre iniciati­va, na propriedade privada e em mercados abertos, ou seja, a forma como todos trabalhamos atualmente.

O coração do capitalismo é um mecanismo de feed- back: o lucro que remunera as atividades suficiente­mente apreciadas pelas pessoas para que estejam dis­postas a pagar por elas. O comunismo e até mesmo o socialismo não tinham esse objetivo, ou não consegui­ram expressá-lo perfeitamente. A medida que as tec­nologias se tornam mais complexas, a capacidade ímpar do capitalismo de dar às pessoas o que elas de­sejam fez desaparecer a maior parte das economias planejadas, ofuscadas pelo brilho do crescimento.

Em vez de socialismo versus capitalismo, os grandes debates do século XXI serão sobre as diversas inter­pretações do capitalismo, que se oporão umas às outras. Na verdade, as frentes de batalha já estão deli­neadas: comércio, propriedade intelectual e acesso uni­versal à tecnologia.

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