Verbetes

Circuit breakers

Tempo de parada para os mercados.

Os mercados financeiros impõem paradas temporárias das negociações pela mesma razão que os pais mandam os filhos desaforados para o quarto por um tempo -a idéia é pôr fim a uma cascata emocional e permitir que todos respirem fundo. Mas nos mercados uma inter­rupção da ação significa também a interrupção do flu­xo de informações a respeito do valor das coisas. Em outras palavras, incerteza, e justamente quando a de­manda de clareza é maior. Em uma economia globali­zada com bilhões de dólares em jogo, o resultado pode ser simplesmente empurrar o pânico corrente abaixo. 

CLUSTERS

Nasce da premissa da ciência econômica de que a localização próxima entre empresas da mesma indústria gera vantagens competitivas. Essa é a explicação para a longevidade dos centros financeiros de Londres ou Nova Iorque, ou para o sucesso das empresas do têxtil do Norte de Itália ou da região do champagne em França, ou, ainda, de Silicon Valley e de Hollywood, nos Estados Unidos. Michael Porter popularizou o conceito, justificando que a prosperidade de um país ou região prende-se, em grande medida, com a capacidade de gerar e manter um conjunto de clusters competitivos. O conceito de clusters é usado igualmente nos estudos de mercado, quando se agrupam consumidores que têm uma determinada variável estatística em comum.

BIBLIOGRAFIA
Clusters and The New Economics of Competition, Michael Porter (Harvard Business
Review, 1998).

Codificação (encryption)

A fonte da segurança eletrônica.

Espiões, diplomatas e militares gostam de códigos por­que podem esconder suas mensagens dos olhares cu­riosos. No entanto, inseridos em arquivos eletrônicos, os códigos podem ser usados para criar assinaturas digitais diferentes e confiáveis -muito mais confiáveis que as de tinta e papel. O futuro do comércio eletrô­nico depende delas.

A codificação pública de chaves (keys), o tipo mais usado atualmente, proporciona as duas funções de segurança essenciais para que as transações em rede funcionem: uma assinatura digital que comprova a identidade de um comerciante eletrônico e o obriga legalmente a re­alizar a transação acordada, e uma capa de sigilo conve­nientemente opaca, atrás da qual informações delica­das, ou simplesmente privadas, podem ser escondidas. Melhor ainda, todos esses feitos são realizados por um custo virtualmente zero e exigem ousadias técnicas re­lativamente pequenas.

Comodização (commoditization)

Processo que transforma o complexo e o difícil em simples e fácil; tão simples e fácil que qualquer pessoa pode fazer -e faz.

A comoditização é o resultado natural da concorrência e dos avanços tecnológicos. As pessoas aprendem ma­neiras melhores de fazer as coisas e também como fazê-las mais barato e mais rápido. Os preços despencam e as diferenças essenciais desaparecem. Veja-se o exem­plo dos microcomputadores baratos ou dos mercados de massa para bens de consumo eletrônicos.

A nova economia estimula a comoditização, aceleran­do o fluxo da informação, dos componentes e dos pro­dutos acabados, a tal ponto que os produtos podem passar de ideia a commodity praticamente de um dia para o outro. Os únicos antídotos eficazes são barrei­ras para a entrada de novos concorrentes, como, por exemplo, um nicho de mercado pequeno demais para atrair grandes empresas.

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