Mindshare

Quando todos sabem o seu nome.

Muita gente já prefere falar em “participação na men­te do consumidor” (mindshare, também traduzido por lembrança da marca) em vez de participação no mer­cado (marketshare), e isso é mais um pequeno exemplo de como a tecnologia pode virar de ponta-cabeça a relação de oferta e procura. A participação no merca­do concentra-se no que as pessoas estão produzindo e vendendo hoje; a participação na mente mede o que as pessoas estão dizendo que farão amanhã. E a pene­tração da marca elevada ao mais alto grau.

Em mercados que se movimentam cada vez mais rapi­damente, “cair na boca do povo” pode ser uma vanta­gem competitiva tão poderosa quanto uma linha de produção de alta qualidade -se não for mais.

Microsoft

Gorila de 400 quilos.

Rainha do lock-in, a Microsoft forneceu o sistema ope­racional de 90% dos 91 milhões de computadores pes­soais vendidos no mundo em 1997. Um software para seu novo e revolucionário computador pessoal, Gates saiu cor­rendo e comprou o DOS de outro programador de Seattle, Tim Patterson.

Mesmo depois de ter conse­guido o contrato com a IBM, durante vários anos Gates não conseguia acreditar que um sistema opera­cional pudesse ser tão valioso quanto as linguagens de programação. Felizmente para ele, estava errado. Ago­ra Gates toca a nova economia como se fosse um violi­no que rende mais de US$ 11 bilhões por ano, com milhões de clientes amarrados ao sistema -e muitos deles perfeitamente satisfeitos com a situação.

Microprocessador (microprocessor)

Inteligência que pode ser distribuída.

Quando uma equipe de quatro engenheiros da Intel colocou pela primeira vez todos os componentes de um computador em um pequeno chip de silício, em 1971, o mundo da informação era dominado por gi­gantescos mainframes. Ninguém tinha a menor idéia do que fazer com esses primos minúsculos. Hoje os mainframes são uma subespécie de importância menor e há quatro microprocessadores para cada pessoa des­te planeta.

Um grande número desses pequenos cérebros dedi­ca-se a tarefas bobas como operar toca-CDs ou moni­torar a velocidade de um carro. O mais interessante, porém, são as coisas que acontecem quando eles co­meçam a ser interligados pela Internet e a monitorar tudo, desde sistemas de controle do fluxo de tráfego nas rodovias até linhas de distribuição de energia elé­trica.

Microfinanças (microfinance)

Andar antes de correr.

A ajuda tradicional aos países em desenvolvimento concentra-se em grandes projetos: represas, usinas de gera­ção de energia, fábricas, projetos que frequentemente fazem muito pouco em favor da população supostamente ajudada. Os programas “micro financeiros” mudam essa situação ao optar pelo investimento na base, emprestando quantias pequenas para ansiosos empresários de primeira viagem.

Descentralizado, adap­tável e baseado no conhecimento das características locais, o sistema de microfinanças é a vanguarda da rápida mudança de direção no mundo em desenvol­vimento.

Merchandising

  1. “Conjunto das operações de planejamento e de supervisão da comercialização de um produto ou serviço, nos locais, períodos, preços e quantidades que melhor possibilitarão a consecução dos objetivos de marketing” (Associação Americana de Marketing &). É a planificação necessária para que a estratégia de marketing se efetue com rendimento ideal. “A preparação da mercadoria para torná-la adequada à necessidade do consumidor e ao seu caminhar pelos canais de distribuição comercial. É o estudo do produto em si” (Armando Sant’Anna). Nessa acepção, as providências de merchandising constituem a base para vender a mercadoria certa, no momento certo, no lugar certo, pelo preço certo, apresentação certa, e no menor espaço de tempo possível, para se conseguir uma eficiente rotação de estoque e do capital investido. “Enquanto marketing se preocupa em estudar as reações de continuo movimento dos produtos no mercado, merchandising se ocupa dos detalhes e providências que asseguram melhores resultados nas vendas ao consumidor”(Regina Pacheco).
  2. 0 mesmo que promoção de vendas.
  3. Termo que designa, em mídia, a, veiculação de menções ou aparições de um produto, serviço ou marca, da forma não ostensiva e aparentemente casual, em um programa de TV ou de rádio, filme cinematográfico, espetáculo teatral, fotonovela etc.

Mercados livres (free markets)

Inteligência coletiva.

Se os seres humanos fossem oniscientes, a maioria dos mercados não faria sentido. Afinal, não há razão para negociar ações quando todos conhecem o valor real de todas as empresas. Mas as pessoas não são oniscien­tes e os mercados ainda são a melhor maneira já in­ventada para superar as limitações humanas quanto à decisão do que construir, comprar ou vender.

Pode-se dizer que os mercados são democráticos, pois deixam os indivíduos livres para fazer escolhas. Eles não são perfeitos, mas suas alternativas são ainda mais imperfeitas.

Mercados eletrônicos (electronicmarkets)

Mais rápido e mais barato é melhor.

Há uma década, Tom Malone, do MIT, salientou que a tecnologia da informação encolheria as empresas ao promover compras e vendas com base no mercado. As empresas fariam menos coisas internamente, segun­do ele, concentrando-se em suas (poucas) áreas de excelência, e encomendariam mais coisas fora, usan­do os mercados eletrônicos.

As previsões de Malone já se tornaram realidade: os mercados estão crescendo e as empresas encolhendo, tanto em termos absolutos como relativos. E novos mer­cados vêm nascendo, inclusive para bens intangíveis como largura de banda e direito de poluir. 

Mentoring

É um trabalho individual, voltado para a adequação do profissional à empresa ou à posição que ocupa. Os mentores podem ser profissionais experientes de dentro ou de fora da companhia. O processo leva em média um ano. Quando o mentoring é feito com um executivo do primeiro escalão, o mentor é sempre alguém externo.

MATRIZ DE ANSOFF

O russo IgorAnsoff é considerado o “pai” da estratégia, devido à publicação, em 1965, do livro Corporate Strategy. Nesta obra surgiu, pela primeira vez, a noção de que as decisões estratégicas são da responsabilidade da gestão de topo. Uma das ferramentas mais simples e úteis para tomar tais decisões é a “matriz de Ansoff”, que relaciona o risco associado aos produtos (novos e actuais) e mercados (novos e actuais). Para o autor, existem quatro opções estratégicas básicas de crescimento para a empresa. Entrar em novos mercados com novos produtos (estratégia de diversificação) é a decisão mais arriscada. Se optarmos por lançar novos produtos para o actual mercado, estamos a seguir uma estratégia de lançamento de produto. A estratégia de entrar em novos mercados com os mesmos produtos chama-se de desenvolvimento do mercado. Por fim, existe a estratégia de penetração (mesmos produtos para os mesmos mercados).

BIBLIOGRAFIA
Corporate Strategy, Igor Ansoff (McGraw-Hill, 1965).

Marketing mix

  1. Emprego simultâneo e sinérgico de várias técnicas de marketing, Conjunto de ações e de recursos tecnológicos, financeiros, estruturais e comportamentais de uma empresa para atingir seus objetivos e metas definidas na estratégia de marketing. Diz se também composto de marketing.
  2. Conjunto integrado de ações de marketing que influirão no planejamento global de um produto até chegar às mãos do consumidor. Destacamos a seguir os principais elementos geralmente considerados:
  • análise de mercado – pesquisas de percepção do produto ou serviço, mercado-alvo, comportamento de compra, objetivos de promoção, apelo promocional;
  • criação e desenvolvimento do produto ou serviço – qualidade, atributos, preço, apresentação (design, marca, embalagem, rotulagem) etc.;
  • distribuição – vias (seleção e controle), distribuição física (transporte, armazenagem), pontos-de-vendas, franchising, controle de estoques e prazos de entrega, financiamento(créditos, prazos, controle de contas);marketing direto, promoções de venda, rede de distribuidores e vendedores(seleção, treinamento, remuneração, supervisão);
  • comunicação- propaganda (tipos, veículos, verbas), promoção, merchandising, relações públicas (com quem? como? onde?), divulgação, endomarketing;
  • pós-venda (garantias, assistência técnica, atendimento e informações ao consumidor, telecobranças, etc);
  • avaliação e controle(auditoria de marketing).

Essas mesmas ações costumam ser classificadas de diferentes maneiras, conforme o modelo adotado. O conceito dos quatro Pés, por exemplo, considera o marketing mix ou composto de marketing nas categorias produto, preço, praça( ou ponto) e promoção.