APENAS SEIS SEGUNDOS…
A Giphy é uma empresa de comunicação digital que popularizou o formato .gif de 6 segundos em que fotos ou trechos de filmes ficam em looping quando acionados. A empresa conta com mais de 300 milhões de usuários por dia e parceria com grandes empresas como Facebook e Twitter onde seus gifs são compartilhados – estima-se que sejam mais de 2 bilhões de gifs/dia.
Para Alex Chung, CEO da empresa, o Giphy vai mexer com o mercado de anúncios na internet. Para ele, os anúncios de internet hoje só representam marcas desesperadas para entrar em uma festa para a qual não foram convidadas. Em contrapartida, o objetivo do Giphy é deter a “exclusividade” do formato de seis segundos para criar anúncios (ou convencer as marcas a fazer isso) que traduzam o espírito dos gifs, embora essa ainda seja uma mídia nascente.
O Giphy faz tudo o que pode para corresponder às expectativas, o que inclui alimentar seu extenso banco de dados com conteúdos populares. Um bom exemplo é o trabalho que foi feito com a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar. Foram criados gifs para todas as premiações desde 1937. Mesmo empresas de entretenimento que não possuem parceria oficial com o Giphy contam com o serviço para angariar fãs.
O Giphy também busca descobrir como conseguir que as empresas de entretenimento não apenas desmobilizem décadas de conteúdo, como produzam material exclusivo para o site. Ainda não há mais detalhes sobre iniciativas nesse sentido, mas a ideia traz ao menos um desafio criativo: como fazer com que os gifs evoluam de uma mídia que captura momentos para algo que possa oferecer uma narrativa?
Na opinião de um concorrente nesse mercado de gifs, Jason Krebs, diretor da Tenor, “o mercado está demorando para entender o valor que uma peça de formato curto pode ter”, e diz que eles estão se preparando para trabalhar com anúncios pagos de campanhas de grandes marcas. Quando questionado de que modo esse tipo de ação impulsiona o sucesso das marcas? Jason responde: “Como em qualquer outra mídia, o primeiro ponto diz respeito a conseguir ou não a exposição que se deseja, além, claro, da audiência correta e no ambiente adequado. Em seguida, vem a questão de quanto a ação ajudou os negócios. É nesse momento que estamos”.
Para alcançar seus objetivos, Chung crê possuir algo decisivamente valioso para as marcas: o acesso às emoções de centenas de milhões de consumidores. “Há poucos lugares [mídias] que conectam você com todo mundo e com o que todos estão falando e que podem lhe contar por que você é o assunto naquele contexto”, diz Chung. ‘Agora, pense nesse lugar com uma plataforma com receita de publicidade. Ela será poderosa.”
Trata-se, portanto, de uma proposição potencialmente tentadora: unir a capacidade de atingir perfis demográficos específicos com gostos e interesses dos usuários e com um entendimento do comportamento emocional das pessoas.
baseado em Nicole Laporte HSM Management, Jan/Fev-18