Retornos crescentes (increasing returns)

Os que os têmconseguem.

A maioria dos mercados caracteriza-se por retornos minguantes: para produzir mais, as matérias-primas precisam ser compradas em locais cada vez mais dis­tantes, até que se chega a um ponto em que, literal­mente, o esforço não compensa e o problema costu­ma ser resolvido nas margens de lucro. Os retornos crescentes funcionam de modo oposto: as empresas desenvolvem um produto uma vez e depois o vendem inúmeras vezes, com margens cada vez mais elevadas. O resultado frequente são mercados dominados por uma única empresa.

Resultado Triplo (triple bottom Une)

Questões ecológicas.

Ninguém gosta de pessoas que sempre dizem não. Os ecologistas inteligentes, preocupados com a caracteri­zação de seu movimento como simplesmente antitec­nologia e antimudanças, adotaram um conjunto de princípios empresariais que visa proteger o planeta Terra, frequentemente chamado de “resultado triplo”. A definição varia, mas, em linhas gerais, esses princí­pios insistem em que as empresas tenham responsabi­lidade social, saúde ecológica e viabilidade econômi­ca. O mais difícil, no entanto, é definir exatamente o que significa ser “socialmente responsável” e “ecologi­camente saudável”, assim como qual é a maneira de medir tudo isso. Não é tarefa fácil. A boa notícia, en­tretanto, é que a definição deve ser bem mais fácil quando se está criando um software do que quando se está trabalhando com ferro gusa.

Reestruturação

Construir novas empresas a partir das antigas.

Durante os anos 1980 os empresários dos EUA acor­daram e verificaram que instalar computadores para automatizar o status quo significava que já não era pre­ciso fazer as coisas à moda antiga. Começaram então a reconstruir suas empresas, para valer. Velhos sistemas projetados com base nas limitações do papel foram abandonados e novos sistemas foram adotados, proje­tados com base na liberdade permitida pelos compu­tadores. Processos sequenciais, que obrigavam os fun­cionários a transportar formulários de departamento em departamento, foram transformados em sistemas paralelos, segundo os quais os funcionários partilham as informações armazenadas em bancos de dados ele­trônicos. As empresas foram descentralizadas e até mesmo divididas em companhias menores.

Milhões de empregos ficaram pelo caminho. Alguns foram simplesmente deslocados para fornecedores externos em franco desenvolvimento. Mas muitos de­sapareceram, inclusive os empregos ocupados por pessoas de classe média com boa instrução que até então se julgavam a salvo dos maus ventos econômicos. Apesar disso, o downsizing preparou o terreno para o boom da economia norte-americana dos anos 1990 -com uma taxa de desemprego de dar inveja a qual­quer país. A destruição criadora talvez não seja sem­pre agradável, mas funciona.

Rede, impacto das conexões com uma (network externalities)

As conexões contam.

Aparelhos de fax e jogos de tabuleiro compartilham uma esquisitice econômica: cada fax que é vendido (ou, no caso dos jogos, cada novo entusiasta que apren­de as regras) agrega valor aos demais. Um aparelho de fax não vale muita coisa se não houver outras pessoas com as quais seja possível comunicar-se; os jogos de ta­buleiro não têm graça se ninguém souber jogar. Assim, o todo aumenta o valor de cada uma das partes.

As network externalities podem ser traduzidas como o impacto das conexões com uma rede, ou seja, são o efei­to que uma decisão pessoal de integrar uma rede tem sobre outras pessoas que ainda estão pensando no as­sunto. Esse impacto tem sido o combustível nuclear da Internet. Quanto mais pessoas estiverem conecta­das, tanto mais valiosa será cada conexão.

O conhecimento é tão afetado por esse impacto quanto as conexões. Ter o equipamento para receber as men­sagens não é mais importante que ter o conhecimen­to necessário para entendê-las. Isso explica por que o futuro parece acontecer tão rapidamente na Internet. A mudança acelera-se a si mesma. O conhecimento secreto de ontem transforma-se na informação essen­cial de hoje. Por isso a Internet está tendo o mesmo tipo de impacto sobre a economia como um todo.

Ratting

  1. 0 mesmo que índice de audiência.
  2. Estimativa de audiência para programa de TV ou rádio (ou para qualquer mensagem inserida nesses veículos). Total previsto de receptores de uma informação, sem.relação, com o total do público (quantidade expressa em GRP ou em impactos).

Propriedade intelectual

Ideias protegidas por lei.

A propriedade intelectual ou industrial (leia-se paten­tes, direitos autorais, marcas) é um ativo intangível que pode ser comprado e vendido. As leis que regem essa propriedade procuram equilibrar interesses conflitan­tes: inovadores de um lado e os demais do ou­tro. Os primeiros tiveram as ideias e desejam lucrar com elas; os segundos querem menos controles para poder usar as ideias e levá-las um passo adiante. O re­sultado é um conjunto de leis contornáveis.

A fácil criatividade da tecnologia digital deu origem a um acalorado debate. Alguns protagonistas da área da propriedade intelectual -particularmente os estúdios de cinema de Hollywood- sustentam que as leis de­vem ser mais rígidas para compensar o ambiente pou­co regulamentado da Internet. Seus oponentes dizem que as leis devem ser mais frouxas para impedir que seus proprietários se tornem apenas exploradores.

Propriedade industrial

Tipo de propriedade intelectual que abrange os direitos de inventores de máquinas, ferramentas, processos industriais (mecânicos, químicos, eletrônicos etc.), design de produtos industriais e de marcas corporativas etc. 0 mesmo critério de propriedade intelectual válido para os autores artísticos (ver direito autoral) é ponto pacífico em relação aos cientistas e técnicos, sejam eles pessoas físicas ou empresas, de modo a viabilizar investimentos em pesquisas que desencadeiam avanços tecnológicos (ver patentes). A propriedade industrial engloba uma série de regras, universalmente adotadas, que protegem atividades, produtos, idéias ou símbolos que estejam relacionados com um processo industrial ou comercial, como os seguintes: registro de desenho industrial, registro de marca, indicações geográficas, segredos de negócio, patentes e pipeline.

Promoção

  1. Conjunto de atividades, técnicas e meios (materiais e psicológicos) destinado a incrementar as vendas (promoção de vendas) ou fortalecer positivamente a imagem de determinada marca, evento ou instituição (Promoção cultural). Com o desenvolvimento das técnicas da promoção, essa área passou a ser considerada como uma linha de atividades eqüidistante das demais especialidades de comunicação (publicidade, marketing, relações públicas, jornalismo etc.), com seus métodos próprios. Ver quatro pês.
  2. Diz-se de cada atividade promocional, como as já relacionadas.

Privativação

Liberdade.
Apenas 30 anos atrás a grande maioria dos governos deste mundo estava convencida de que a nacionaliza­ção das indústrias resolveria os problemas do capitalis­mo, desde os conflitos trabalhistas até a falta de inova­ção. Descobriram, no entanto, que as empresas estatais conservavam os antigos problemas e acrescentavam vários novos, entre os quais o estouro dos orçamentos governamentais e uma administração miserável lide­rada por burocratas que não tinham a menor ideia do que deveriam estar fazendo.

Um dos desafios é evitar transformar monopólios públicos em privados. Outro é ensinar aos executivos superprotegidos como com­petir. Entretanto, de maneira geral, o sucesso das pri­vatizações -particularmente em preços mais baixos e melhores serviços prestados aos clientes- estimulou o debate sobre o que os governos podem fazer me­lhor que o setor privado, excetuando leis.