OPEN-BOOK MANAGEMENT

Num mundo cada vez mais global e transparente, onde a informação flui de forma livre e aberta e onde se proclama que as pessoas são o activo mais importante das organizações, é difícil justificar porque só as chefias têm acesso aos relatórios financeiros das suas empresas. A técnica do open-book management visa eliminar essas restrições de acesso à informação, de forma a que todos os trabalhadores se sintam envolvidos e responsáveis pela “saúde” financeira da empresa.

BIBLIOGRAFIA
Open-book Management, de John Case (Harper Business, 1995).

Onipresença (ubiquity)

Esteja lá agora.

As redes colocam todos em contato com todos cons­tantemente. Isso quer dizer que é possível vender qual­quer coisa, em qualquer lugar, para qualquer pessoa, a qualquer momento. Nenhuma necessidade de tra­zer o cliente para dentro da loja; você pode vender- lhe alguma coisa onde quer que ele esteja, assim que ele sentir o impulso de comprar. Numa economia li­gada em rede, o sucesso chega para aqueles que sa­bem insinuar-se no momento certo, quando um dese­jo não articulado, uma vontade, digamos, de comprar um livro ou negociar algumas ações, transforma-se numa demanda real de algo específico. Imagine só o aluguel que você estará economizando!

OMPI

Lei e ordem em favor das idéias.
O congresso da OMPI realizado em dezembro de 1996 destinava-se a atualizar a lei de direitos autorais, adap­tando-a à era digital. Uma proposta, patrocinada por Hollywood, visava dar aos produtores de conteúdo um poder maior sobre as versões eletrônicas de suas cria­ções. Depois de semanas de discussão, a maior parte da proposta foi rejeitada por uma coalizão de países afri­canos pobres de conteúdo e companhias de alta tec­nologia dos EUA, com o argumento de que as mudan­ças propostas poriam fim aos mesmos fluxos de infor­mação que estão criando a nova economia.

O debate não terminou. Na economia da informação não pode haver regras mais importantes que as que regem a propriedade da própria informação. Em com­paração, proteger o famoso segredo da receita da Coca- Cola é brincadeira de criança.

OMC

O guarda de trânsito do mundo. 

A OMC estabelece as normas de trânsito para a economia do planeta e faz com que sejam cumpridas. Com um pouco de sorte, poderá até ter sucesso. Como sucessora do GATT, a OMC tem sido o princi­pal fórum de negociação da redução multilateral de tarifas, redução essa que deu impulso ao crescimento mundial. Ela também proporciona um fórum para as queixas sobre práticas desleais de comércio, tais como dumping, barreiras ilícitas contra a entrada de produ­tos estrangeiros e subsídios oficiais injustos concedi­dos às exportações, que poderão ser feitas por qual­quer um dos países-membros. Sua principal ferramenta é a censura aos países protecionistas -e a bênção aos países prejudicados para que tomem medidas retaliadoras. Até agora isso parece suficiente.

Apesar de todo o evidente sucesso obtido, a OMC ain­da não conseguiu vencer, contudo, as políticas do tipo “primeiro eu”, resultantes da ciumeira econômica e da pequenez moralista.

Nova mídia

Comunicação de todos para todos.

A antiga mídia divide o mundo em produtores e con­sumidores; somos autores ou leitores; transmissores ou espectadores; atores ou plateia. Segundo o jargão da área: comunicação de um para muitos. A nova mídia, ao contrário, dá a todos a oportunidade de falar e de ouvir. Muitos falam com muitos e estes respondem! Isso não quer dizer que o horário nobre da televisão consistirá amanhã em vídeos domésticos e conversas transmitidas ao vivo da sala de estar do vizinho. Talen­to e poder de marketing são importantes e sempre haverá shows de sucesso, astros e estrelas. A televisão e outros meios antigos não vão desaparecer, nem seus proprietários. Mas deverão enfrentar novos concorren­tes e mercados transformados.

A nova mídia permite que até as comunidades eletrô­nicas menores e mais espalhadas possam compartilhar, ou vender, o que sabem, apreciam e fazem. Tudo que foi atomizado pela transmissão em massa será nova­mente reunido pela nova mídia.

Nova economia

Software para um mundo em rede.

A moderna economia globalizada, mediada eletroni­camente, é o maior e mais complexo sistema adaptá­vel já criado (sem contar a natureza, é claro). Dois sé­culos de modelo industrial disseminaram a capacida­de de produção por todo o planeta, criaram sistemas de comunicações que abraçam o mundo e inspiraram gerações de trabalhadores a investir em educação para seus filhos e para eles mesmos. Tudo isso criou, por sua vez, os pilares de sustentação do próximo grande salto: de fazer coisas a fazer escolhas.

Ao contrário do comunismo, a nova economia não procura criar um novo universo separado de tudo; ela nasce diretamente dos centros mais vitais do capitalis­mo do fim do século XX.A mudança que elas estão dissemi­nando move-se literalmente à velocidade da luz.

Netscape

A garota-propaganda da nova economia.

Fundada em 1994 a Netscape prova que até Wall Street consegue entender o conceito de retornos crescentes da nova economia. A idéia, então nova, era criar uma marca e uma plataforma que todos quisessem ter. Com todo esse esforço, a companhia, com sede em Mountain View, na Califórnia, conquistou rapidamente a maior parte do mercado de browsers, uma participa­ção substancial no mercado de softwares para servido­res -que custam caro- e uma página que é um dos sites com o tráfego mais intenso na Web. 

Sob ataque de Wall Street e outros, a Netscape fez uma jogada de mestre no começo de 1998, tornando pú­blico o código-fonte do Navigator 5.0, que normalmen­te seria um segredo guardado a sete chaves. 

Não-linearidade (nonlinearity/tipping points)

A razão por que a oportunidade ainda é tudo.

Nas redes -e portanto nos mercados-, a mudança ten­de a tomar corpo devagar e deslanchar repentinamen­te numa explosão de crescimento de alta octanagem. Os economistas dão a esse fenômeno o nome de não- linearidade. Os epidemiologistas preferem ponto de inflexão (tipping point).

Entender a razão da existência dos pontos de inflexão -fenômenos como retornos crescentes e feedback posi­tivo estão em suas raízes- pode ser até fácil. Difícil é detectar um desses pontos no mundo real ou explorá-los. 

Monopólios (monopolies)

Bom demais para ser verdade.

A tecnologia está virando a mesa em relação aos mo­nopólios. Eles deixam de estar ligados a ativos tangí­veis uma vez que a tecnologia da informação introduz a concorrên­cia em monopólios antes considerados naturais, como energia elétrica e serviços de telefonia.

A mesma tecnologia cria, no entanto, novas hegemo­nias empresariais. São baseadas no controle do que, em termos gerais, poderíamos chamar de idéias. As patentes e os direitos autorais são monopólios de idéias. Mas, na melhor das hipóteses, são temporários e pouco seguros. O tipo mais recente origina-se do estarrecedor poder comercial de um dos motores mais poderosos da nova economia: o estabelecimento de padrões -um jeito diferente de dizer lock-in.

O resultado é uma selva onde combatem os candida­tos a criadores de regras. 

Monitoramento

Pesquisa regular usando o mesmo questionário e o mesmo perfil de entrevistados para medir ao longo do tempo a eficiência de uma estratégia de marketing ou de comunicação (ver pré-teste e pós teste), ou simplesmente para acompanhar o mercado consumidor em termos gerais, como a pesquisa de uso e atitudes, por exemplo, quando repetida com regularidade. Diz-se também tracking.