ERM, a crise de 1992

Quando os mercados usam seus trun­fos para vencer os governos.

A moeda única da União Européia, o euro, já fez sua estréia no início do ano, mas seu antecessor, o ERM (European Exchange Rate Mechanism, ou Mecanismo de Ajuste das Taxas de Câmbio Européias), também se tornou um símbolo histórico. 

Até 1992 as taxas de câmbio eram determinadas princi­palmente pelos governos. Foi quando o Reino Unido tentou dar apoio simultaneamente a uma libra ester­lina forte (para cumprir as metas acordadas de taxa de câmbio) e taxas de juros mais baixas (para impulsionar a produção interna). Os mercados não aceitaram nada disso. Os bancos centrais gastaram bilhões tentando manter a situação da libra no ERM, a maior parte dos quais foi parar no bolso do investidor George Soros e de outros especuladores. Depois de várias semanas muito tensas, a libra esterlina foi liberada e passou a flutuar livremente, terminando de uma vez por todas com a ilusão de que governos nacionais controlam o fluxo de dinheiro numa economia globalizada.

Os mercados deram de ombros e derruba­ram em mais alguns pontos a cotação do ringgit super-valorizado.

ENTREPRISE RESOURCE PLANNING (ERP)

Trata-se de um sofisticado software de gestão que permite obter informação detalhada, estandartizada e integrada sobre a actividade de cada unidade de negócio (finanças, marketing, recursos humanos, vendas, etc.) em tempo real. Em termos simples, é uma espécie de sistema nervoso central de uma organização que reúne informação sobre uma parte do corpo e imediatamente a conduz a uma outra parte que tem interesse em obtê-la. A alemã SAP é a líder dos ERP.

BIBLIOGRAFIA
Entreprise Resource Planning, A. Shtub (Kluwer, 1999), Successful SAP Implementation, N. Welti (AddisorvWesley, 1999).

Encolhimento (shrinkage)

O menor é mais bonito.

A empresa média norte-americana atualmente é um terço menor do que há 25 anos, em volume de vendas e em número de funcionários. Estudos realizados por Erik Brynjolfsson, do MIT, encontraram uma correlação entre o encolhimento e o investimento em tecnologia da informação. A teoria é que as redes de computadores tornam mais fácil para as companhias comparar pre­ços de vários fornecedores, permitem terceirizar mais e fazer menos dentro da própria companhia. Quanto maior for a concentração, maior será a intensidade adotada por cada firma. 

Graças ao aperfei­çoamento das comunicações, companhias de baixo custo do mundo em desenvolvimento podem entrar no mercado global de componentes para computado­res, sem ter o know-how necessário para construir um PC inteiro. Ser menor é ser mais compe­titivo e aumentar o número dos concorrentes.

Educação (education)

A capacidade de se treinar a si mesmo.

Treinamento -a aquisição das aptidões necessárias para desempenhar uma função específica- é a forma de investimento mais importante na economia da infor­mação. A educação permite que as pessoas adminis­trem sua capacidade de adquirir e usar conhecimen­tos e assim controlem sua carreira e sua vida.

Economias de tempo (economies of time)

Quanto mais rá­pido melhor.

Ser o primeiro no mercado implica imensas vantagens numa economia baseada na informação.

Em termos mais genéricos, os mercados baseados em bits que não têm peso e se movem à velocidade da luz tendem a remunerar qualidade em vez de simples­mente quantidade. Como observou o físico Freeman Dyson: “Nunca se devem sacrificar economias de tem­po pelas economias de tamanho”. E essa é a razão por que até a Microsoft se preocupa com o tempo de produção.

Economia sem atritos (friction-free economy)

O que os mer­cados gostariam de ser.

Um dos efeitos evidentes da tecnologia da informa­ção é tornar mais fáceis todos os tipos de transação. De fato, os saudáveis lucros que podem ser gerados com a eliminação do alto custo das transações, da má comunicação e dos intermediários parasitas são as for­ças motrizes que impulsionam toda a nova economia. Uma economia livre de atritos significa consumidores que detêm poder, desenvolvimento acelerado do mer­cado e ciclos de vida mais curtos para produtos e fun­ções. Ninguém mais está amarrado a nada. A eficiên­cia aumenta, os custos caem e as regras básicas são reformuladas -prevalece a “hipercompetição” e os vi­toriosos ganham por se adaptarem mais rapidamente à mudança. 

Economia da atenção (attention economy)

Mercado basea­do na idéia de que, embora a informação seja basicamente infinita, sua demanda é limitada às horas do dia em que um ser humano permanece acordado.

A economia da atenção existe pelo menos desde que a mídia comercial passou a existir, pois seus verdadei­ros produtos não são as sitcoms ou as revistas, mas os olhos para ser usados por anunciantes. A mídia inte­rativa leva esse conceito um passo adiante: ela permi­te que a atenção -digamos, o tráfego em um site da Web- seja negociada e despachada instantaneamente para outros sites em qualquer lugar do mundo.

A economia da atenção ajuda a explicar algumas das aparentes anomalias comerciais da Internet, inclusive o crescimento explosivo dos sites de navegação com alta visibilidade.

ECO-EFICIÊNCIA

Termo criado pelo WBCSD – World Business Council for Sustainable Development que, em termos simples, significa produzir mais com menos recursos (incluindo desperdícios e poluição). O conceito visa unir dois mundos tradicionalmente afastados – a economia e o ambiente. Foi lançado antes da Cimeira da Terra do Rio de Janeiro, de 1992, no livro de referência Changing Course, de Stephan Schmidheiny, e pelo WBCSD. Parte da premissa que a indústria não deve ser uma parte passiva do problema do desenvolvimento sustentável, mas sim um parceiro activo na sua resolução.

BIBLIOGRAFIA
Changing Course, Stephan Schmidheiny (MIT Press, 1992); Our Ecological Footprint, Mathis Wackernagel e Willam Rees (New Society Publishers, 1996); Walking the Talk – The Business Case for Sustainable Development, Charles O. Holliday Jr, Stephan Schmidheiny e Sir Philip Watts, (WBCSD, 2002).

Distribuição de frequências

Divisão dos dados alusivos à frequência, em diversos segmentos do público exposto a uma determinada mensagem publicitária. Cada segmento distinguisse dos demais pelo maior ou menor grau de exposição à mídia. Por exemplo, de um público-alvo composto por dois milhões de pessoas, 70%, ou seja, um milhão e quatrocentas mil pessoas viram (ou leram, ou ouviram) determinado anúncio. Para se obter distribuição de frequências, esse total de audiência é dividido em vários grupos: os que viram o anúncio uma vez, os que o viram duas três, quatro etc.

Display

Peça de propaganda ou promoção de vendas usada para exibir determinados produtos e atrair a atenção do comprador. Mostruário. Qualquer tipo de material utilizado em pontos-de-venda para expor um ou mais produtos aos olhos do consumidor. Os displays (geralmente fornecidos pelo fabricante como peças integradas ao conjunto da campanha de propaganda) apresentam-se em diversas formas – gôndolas, cestas, arcas, prateleiras móveis – e são confeccionados em papelão, plástico ou arame. Podem ser colocados sobre balcões, em vitrinas, prateleiras, junto às paredes, sobre o assoalho etc. Classificam-se em duas categorias: displays de venda (o produto exibido pode ser apanhado pelo consumidor) e displays expositivos (apenas mostram ou anunciam o produto).